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Rodrigo Bueno
Mesmo após presidente dizer que convivência de Carpegiani e
Rivaldo era difícil com eliminação e troca de farpas, diretoria mantém ambos no
time
O São Paulo vai conviver no Campeonato Brasileiro com Paulo
César Carpegiani, Rivaldo, Juvenal Juvêncio, Jean, pipoca, cachaça e
manifestações de torcedores.
O presidente do clube, entre demitir o técnico, dispensar o
ex-melhor do mundo, mandar os dois embora ou mantê-los juntos no grupo, ficou
com a última opção.
Juvenal Juvêncio, presidente reeleito, disse na
sexta--feira, dia seguinte à eliminação da Copa do Brasil e às declarações
fortes de Carpegiani e Rivaldo, que "a convivência" deles ficara
"difícil".
Ontem, uma reunião entre o dirigente, o treinador e o
pentacampeão do mundo jogou para baixo do tapete, aparentemente, uma crise
interna que apontava para a demissão do treinador.
"Não me sinto desamparado pela diretoria. Foi a
primeira crise que tivemos em sete meses de trabalho. Talvez tenha me excedido
ao falar do caráter de Rivaldo. Pedi desculpas. Mas não abro mão de escolher o
jogador que quero, não abro mão de escalar", falou Carpegiani.
O discurso de paz também veio na entrevista seguinte, a de
Rivaldo, que se sentiu "humilhado" por não jogar.
"Não quis desmerecer o treinador nem o São Paulo. Não
me arrependo do que disse, só fiquei triste com a eliminação. Da minha parte,
não vai ter problema [com Carpegiani]. Sou da paz, vocês me conhecem. Falei com
William José e Henrique, não quis magoar ninguém."
A paz não é certa. A demissão de Carpegiani é pedida por
torcida e dirigentes. Há a sombra de técnicos empregados e admirados por
Juvenal, e Rivaldo tenta escapar de multa -10% de seu salário.
"Não concordo com a multa. Vou conversar com o
presidente. Sou um jogador vencedor, e jogador que está no banco não pode se
acomodar. Eu atuei em 90% dos jogos que fiz na carreira, é chato ficar
aquecendo, ouvindo a torcida adversária te xingando. Se magoei alguém, peço
desculpas", disse ele.
Carpegiani falou da multa para rescindir seu contrato e
negou que ela tenha ajudado na permanência no clube.
"Não são os valores que estão falando [R$ 1 milhão]. E
não é a multa que faz eu continuar no São Paulo nem o São Paulo continuar
comigo. Tenho confiança no meu trabalho. Sei que não adiantam apenas vitórias.
Títulos que contam, e perdemos uma competição importante."
Os dois falaram sobre como será a escalação ou não de
Rivaldo a partir de agora.
"O Carpegiani vai continuar sendo o treinador que é.
Não quero ser escalado pelo meu passado", falou o atleta.
"O jogador tem que falar comigo, pois só eu posso
resolver seu problema dentro de campo", disse o técnico.
Comentário do blog
De todas as opções possíveis Juvenal Juvêncio escolheu a
pior.
Um comentário:
que bela maneira de iniciar o 2* semestre, sendo q o primeiro ja foi por agua abaixo...sacanagem dessa diretoria
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