Reprodução: Blog do José Cruz
Passo diariamente pela pista em frente às obras do novo
estádio Mané Garrincha, na capital da
República.
O ritmo de trabalho é alucinante e os alicerces do moderno
gigante impressionam. Custo do concreto: R$ 650 milhões. Sem cobertura, sem
gramado, iluminação, elevadores, cadeiras. Nada. O orçamento total passará de
R$ 1 bilhão.
Enquanto isso...
“Pelo menos duas
pessoas morreram a cada dia à espera de um leito em uma das 335 Unidades de Terapia Intensiva
(UTI), na rede pública de Brasilia, em 2010.
Repetindo: duas pessoas morrem diariamente em Brasília, por
falta de atendimento adequado na rede PÚBLICA de saúde.
Caso de Justiça
Foram contabilizados 1.014 mortes, o que representa 8% de
todas as solicitações de vagas. Das 7.020 pessoas internadas nas UTIs em 2010,
1.103 só conseguiram a vaga depois de recorrerem à Justiça.”
A informação é do repórter Valtermir Rodrigues, publicada no
Jornal de Brasília.
E diz mais,mostrando que a situação no atual governo,de
Agnelo Queiroz, não é diferente dos
anteriores:
“Há cinco dias, Deotado Mendes Gonçalves, 91 anos, morreu
após aguardar quatro dias por um leito de UTI.”
São dados reais da rotina hospitalar na capital do Brasil. E
não é diferente nas outras 11 capitais sedes da Copa 2014.
Mais de mil mortes em um ano, devido a precariedade nos
hospitais públicos? E o da governo ainda prioriza estádio de futebol, numa
cidade que não tem clube nem na Série A nem na Série B do Campeonato
Brasileiro, e joga um campeonato regional inexpressivo?
Quem responde por estes crimes de gestão pública?
Comentário do blog
Os responsáveis nós sabemos quem são, pena que até as próximas
eleições 95% da população terá esquecido ou então se deixará influenciar por
novas falsas promessas.
Não é diferente em São Paulo, cidade “rica”. Se a prefeitura
quer dar incentivos para a Zona Leste, algo extremamente justo e necessário,
que o dê para entidades privadas que invistam em hospitais, escolas, industria,
faculdades, comércio, lazer e cultura, e não num estádio de futebol.
Se o SCCP quer ter um estádio, algo também justo, que o faça a suas custas.
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