Reprodução: LANCE!NET
Segundo jornal norueguês, presidente da CBF se encontrou com
representante de empresa considerada 'inimiga da Fifa'
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teve seu nome
envolvido em mais um escândalo - desta vez, relacionado ao mercado negro de
ingressos. O jornal norueguês "Dagbladet" revelou nesta segunda-feira
que o dirigente brasileiro se reuniu no fim de 2009, na África do Sul, com um
representante da Euroteam, empresa que revende entradas para eventos esportivos
e culturais.
A companhia atua como uma espécie de cambista: compra
ingressos e os revende a preços superiores. A Euroteam, inclusive, já foi
acusada de adquirir entradas através de membros da Fifa, que as conseguem sem
qualquer custo.
Além de Teixeira, o presidente da Conmebol, Nicolas Leóz,
também esteve com um representante da empresa norueguesa. Os dois fazem parte
do Comitê Executivo da Fifa. De acordo com o Dagbladet", o funcionário da
Euroteam deixou claro para ambos o que fazia e quais eram suas intenções.
Este teria sido o primeiro encontro do representante com
Teixeira. Leóz já o conhecia de outra oportunidade.
A Euroteam foi apontada pela Fifa como sua principal inimiga
no mercado de ingressos. Leóz, no entanto, demonstrou ter relação cordial com a
companhia, segundo diálogo revelado pelo "Dagbladet".
- Ingressos? - perguntou o mandatário da Conmebol ao receber
um convite do representante da empresa para um almoço.
O "Dagbladet" entrou em contato com a Euroteam
para saber o propósito dos encontros. Perguntado se os dirigentes venderam
ingressos, o representante da empresa disse que não comentaria e riu.
Procurados pelo diário norueguês, Ricardo Teixeira e seu
assessor de imprensa, Rodrigo Paiva, não quiseram explicar o motivo do encontro
com a Euroteam. Fifa e Leóz também não comentaram o assunto.
Escândalo em 2009
Em janeiro do ano passado, o mesmo "Dagbladet"
revelou que o presidente da Concacaf, Jack Warner, fez negócios com a Euroteam
em 2009. O dirigente pediu ingressos da Copa do Mundo à Fifa e os repassou para
a empresa, em troca de parte dos lucros. No entanto, ele nunca foi pago.
O caso chegou a ser investigado pela Fifa. Durante reunião
do Comitê de Ética da Fifa, na mesma época da denúncia, a relação entre Warner
e Euroteam foi debatida, mas não houve qualquer punição.
Mais denúncias
Ricardo Teixeira foi citado em outros escândalos
recentemente. O canal de televisão inglês BBC revelou no ano passado que o
brasileiro recebeu suborno da extinta empresa de marketing ISL para apoiá-la na
negociação de direitos de TV da Copa do Mundo.
A mesma emissora também afirmou que Teixeira chegou a
admitir à Justiça suíça que recebeu, mas devolveu o dinheiro da ISL. A Fifa
está sendo pressionada para divulgar os documentos que comprovam este e outros
casos de suborno.
Em maio, Lorde Triesman, ex-presidente da Federação Inglesa
de Futebol (FA), acusou Teixeira de ter pedido presentes em troca de seu voto
na eleição para escolha da sede do Mundial de 2018. O brasileiro, através da
CBF, negou o caso. A Fifa também inocentou o dirigente da acusação.
Um comentário:
O Palocci é "pinto" perto desse cara!
Postar um comentário