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Leandro Canônico
Uma das sedes nordestinas, capital de Pernambuco quer
aproveitar também a relação história com Holanda e Portugal para ter destaque
De olho nas quartas de final. Por conta da capacidade da
Arena Pernambuco (pouco mais de 46 mil pessoas), Recife está fora da briga pela
abertura, final e semifinal da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Então, o comitê
local decidiu se dedicar às quartas de final e a uma participação na Copa das
Confederações, em 2013.
Fora isso, os governantes pernambucanos querem aproveitar a
privilegiada localização geográfica para fazer de Recife uma das sedes
“centrais” da Copa.
- Pernambuco, como centro da Região Nordeste, tem uma
posição geográfica privilegiada, favorecendo assim o contato com diversos
países, especialmente do continente europeu. A malha aérea internacional hoje
existente facilita a chegada de portugueses e espanhóis, mas também de
norte-americanos e argentinos – comentou Gilberto Pimentel, secretário de
relações institucionais do Recife.
Neste sábado, você acompanha no GLOBOESPORTE.COM os detalhes
que cercam a sede do Recife. Confira abaixo como andam as obras na Arena
Pernambuco, quais são os legados imaginados pelos organizadores, a situação dos
aeroportos, da hotelaria e o total de investimentos até 2014. Pode passar de R$
8 bilhões.
ESTÁDIO
Até agora, apenas 13% do cronograma da obra da Arena
Pernambuco foi concluída. Mas os representantes da cidade no projeto Copa do
Mundo de 2014 estão confiantes de que o estádio estará pronto em dezembro de
2012. A expectativa é que dessa forma possa ser uma das sedes da Copa das
Confederações.
- A terraplanagem já foi finalizada e paralelamente
começamos a fundação do terreno, que está prevista para acabar em setembro.
Essa fase, que é uma das principais, já está com 35% de andamento – explicou
Gilberto Pimentel.
A Arena Pernambuco é fruto de uma PPP (Parceria Público
Privada). Estão nesse projeto o Governo de Pernambuco e a construtora
Odebrecht, a mesma que está no comando da obra do estádio do Corinthians, em
São Paulo. O custo total estimado é de R$ 532 milhões. A capacidade do estádio
será de mais de 46 mil torcedores.
LEGADO PARA A CIDADE
Assim como a maioria das sedes da Copa do Mundo de 2014 no
Brasil, Recife está investindo pesado na infraestrutura urbana. Inicialmente, a
prioridade serão as obras que já constavam como compromisso do estado na Matriz
da Copa: o Terminal Integrado Cosme e Damião e 52 quilômetros de corredores de
ônibus.
- Dentre tantos outros ganhos decorrentes da realização do
evento Copa do Mundo, é importante destacar o legado referente à
infraestrutura, especificamente mobilidade urbana. Na última quarta-feira, o
Governo do Estado lançou os editais de licitação para as obras de mobilidade
que serão realizadas na região metropolitana do Recife até a Copa do Mundo de
2014 – explicou Pimentel.
A intenção dos organizadores desse projeto é que a cidade
passe também por toda uma reestruturação viária, podendo construir elevados,
viadutos, túneis e estações.
Para circular nos novos 52 quilômetros de corredores de
ônibus, o estado pensa em equipar melhor os veículos, com ar condicionado,
sistema de registro de imagens, contagem eletrônica de passageiros e GPS. A
intenção é que o embarque e desembarque sejam feitos em plataformas no mesmo
nível dos ônibus.
Isso é inspirado no que é feito em Bogotá, na Colômbia,
Johanesburgo, na África do Sul, e Curitiba, no sul do Brasil. A ideia é
agilizar o tempo de parada do veículo.
OBJETIVOS
A casa de todas as seleções. Recife, é claro, quer se
privilegiar da forte ligação que tem com Portugal e Holanda, mas segundo
Gilberto Pimentel, o objetivo é mostrar para Fifa que a capital pernambucana
tem condições de receber qualquer seleção que seja. Das menos às mais badaladas
pela imprensa nacional e internacional.
- Recife está pronta para receber qualquer delegação e seus
torcedores. É claro, porém, que temos uma ligação forte com Portugal e Holanda.
Teremos um estádio para mais de 46 mil pessoas e vamos estar prontos para as
quartas de final – acrescentou o secretrário executivo de relações
institucionais.
Um dos principais pontos turísticos do nordeste brasileiro,
Recife quer também aproveitar o torneio para se apresentar ao mundo.
- A realização do evento tem sido encarada pelo Governo do
Estado como uma oportunidade de apresentar ao mundo um destino de
oportunidades, não só no que diz respeito às riquezas naturais e culturais, mas
também à geração de negócios – declarou Gilberto Pimentel.
AEROPORTOS
Embora o tema aeroportos seja uma das principais
assombrações para a maioria das sedes, no Recife os membros do comitê local
afirmam estar “confortáveis”.
- De acordo com avaliação dos órgãos responsáveis, dentre os
demais terminais aeroportuários nacionais, o Aeroporto Internacional do Recife
apresenta uma situação confortável, tanto no que diz respeito às instalações
quanto à capacidade operacional – discursou o secretário de relações
institucionais.
Para o final de 2013 está prevista a entrega da principal
obra de ampliação do aeroporto pernambucano: a construção de uma nova torre de
controle. O orçamento inicial para essa obra é de R$ 18,5 milhões.
HOTELARIA
Atualmente, o Recife tem 15 mil leitos. Mas a capital
pernambucana espera contar também com o auxílio de cidades vizinhas, como
Olinda, por exemplo. Se isso for levado em conta, há um aumento de 100% nesse
número. Mesmo assim, há projetos para que haja até 2014 a criação de mais
quatro mil leitos.
INVESTIMENTOS
A previsão de investimentos no Recife para a Copa é bem
alta: aproximadamente R$ 8 bilhões. Além do estádio, a expectativa é que haja
melhorias na área de turismo, construção civil, tecnologia da informação,
segurança e saúde. Nessa conta, segundo o secretário, estão envolvidos dinheiro
público e privado.
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